Sofia
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Khajuraho, Índia
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Eterno
Quero um jovem inteiro
De uma ignorância desconcertante
Mal sabe que ao provar da minha vagina
Vou expelir um gosto doce
E tão fascinado
Não deixará uma só gota de lágrima escorrer pelos cantos da boca
Dele, eu quero o arcaico e não o discurso
O feio, animal, estrangeiro
Quero que na minha face veja a existência após a morte
O que o fará cortar o pênis
Atirá-lo aos porcos
E não pecar em meu nome, primeiro.
De uma ignorância desconcertante
Mal sabe que ao provar da minha vagina
Vou expelir um gosto doce
E tão fascinado
Não deixará uma só gota de lágrima escorrer pelos cantos da boca
Dele, eu quero o arcaico e não o discurso
O feio, animal, estrangeiro
Quero que na minha face veja a existência após a morte
O que o fará cortar o pênis
Atirá-lo aos porcos
E não pecar em meu nome, primeiro.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Falos de Pompéia
Eu queria mesmo era ser evangélica
Feliz da presença do senhor
Tirando a calcinha no banheiro da rodoviária
Depois de expor minha genitália
Segurando o mijo escrever com meu batom vermelho
Jesus me ama e a ti também
Aliviada, depois dos espasmos
E com jesus dentro de mim
Contemplar as tantas pornografias daquela porta imunda
Tanto número de travesti
Tantos falos de Pompéia
Tanta xoxota molhadinha, inchada
Tanto recado safado, ordinário
Coitados, tanta gente sem jesus
Feliz da presença do senhor
Tirando a calcinha no banheiro da rodoviária
Depois de expor minha genitália
Segurando o mijo escrever com meu batom vermelho
Jesus me ama e a ti também
Aliviada, depois dos espasmos
E com jesus dentro de mim
Contemplar as tantas pornografias daquela porta imunda
Tanto número de travesti
Tantos falos de Pompéia
Tanta xoxota molhadinha, inchada
Tanto recado safado, ordinário
Coitados, tanta gente sem jesus
Cruza
Não sou filha de roqueiros
Nem atores
Nem de mãe solteira
Nunca tive parentes esquizofrênicos
Muito menos cineastas
Nem filósofos, nem críticos
Nem bêbados
Sou filha da porra de um pai de família antes de sê-lo
Nas trompas de falópio de uma secretária que sempre deu duro
Em casa tinha arroz, feijão e guisado
Vara de marmelo no vão da parede
E mesmo assim saí desajustada
Uma coitada perdida que pensa na morte da classe média
Um mulher que sonha com o estrelato
Nos motéis do centro da cidade
Que ainda não encontrou nem a linguagem nem a droga certas.
Nem atores
Nem de mãe solteira
Nunca tive parentes esquizofrênicos
Muito menos cineastas
Nem filósofos, nem críticos
Nem bêbados
Sou filha da porra de um pai de família antes de sê-lo
Nas trompas de falópio de uma secretária que sempre deu duro
Em casa tinha arroz, feijão e guisado
Vara de marmelo no vão da parede
E mesmo assim saí desajustada
Uma coitada perdida que pensa na morte da classe média
Um mulher que sonha com o estrelato
Nos motéis do centro da cidade
Que ainda não encontrou nem a linguagem nem a droga certas.
Essa porra toda
Que mentira! Claro que é mentira!
Claro que você se importa se ela fuma crack
Claro que você quer saber
quanto pó desceu por aquela fuça
Tão claro quanto teu esforço em nascer de novo, incompreendida.
Quer saber dela sim... e arregala os olhos de desejo e inveja
Querendo estar na pele dela
Chegou a esconder aquele jornal com a drogada
E assustou um namorado dizendo querer ser como ela!
Você é dessa meta-geração, a linguagem é assim mesmo, relaxa.
Claro que você se importa com as orgias dela
Queria isso pra tua vida!
Tudo bem, ok, sem os ignorantes da massa comentando sobre seu cabelo. Eles não.
Mas os amigos das linhas estendidas nas picapes têm que saber!
Claro que você se importa se ela fuma crack
Claro que você quer saber
quanto pó desceu por aquela fuça
Tão claro quanto teu esforço em nascer de novo, incompreendida.
Quer saber dela sim... e arregala os olhos de desejo e inveja
Querendo estar na pele dela
Chegou a esconder aquele jornal com a drogada
E assustou um namorado dizendo querer ser como ela!
Você é dessa meta-geração, a linguagem é assim mesmo, relaxa.
Claro que você se importa com as orgias dela
Queria isso pra tua vida!
Tudo bem, ok, sem os ignorantes da massa comentando sobre seu cabelo. Eles não.
Mas os amigos das linhas estendidas nas picapes têm que saber!
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Blue Moon
Os Machos
Um dia ainda vou falar desse homem
Desse macho tosco, bruto
Eu olhei naquela cara rude
Aquelas veias grossas saltadas
Aquele suor brilhoso nos pulsos
De longe eu senti aquele cheiro
Aqueles olhos ignorantes
Me banhava de calor naquela rudeza toda
Aquele grunhido, aquele rosnado, que doce.
Desse macho tosco, bruto
Eu olhei naquela cara rude
Aquelas veias grossas saltadas
Aquele suor brilhoso nos pulsos
De longe eu senti aquele cheiro
Aqueles olhos ignorantes
Me banhava de calor naquela rudeza toda
Aquele grunhido, aquele rosnado, que doce.
Dona da Casa
Acabou de chegar em casa
Faz o serviço no banheiro, como sempre...
e eu parada na porta
Sentado fumando esse cigarro barato
Eu com esse sorriso armado na cara,louca pra botar o fumo nos beiços.
Tô na sala esperando que venha atras de mim, grunhindo
Mas o que ouço é tua voz fina
Essa tua mania de botar 20 minutinhos
E dormir mais de uma hora
De longe vejo entrando no quarto
A água já quente na leiteira
Esperando pra conversar
Mas essa tua mania dos 20
Me broxa.
Pode ser pena, pode ser a minha mania de dar certo.
Engrossa essa voz e pergunta das minhas ancas,
Cresce essa mão na minha cara
Engrossa essa voz!
Que não aguento mais esse malditos 20 minutos.
Faz o serviço no banheiro, como sempre...
e eu parada na porta
Sentado fumando esse cigarro barato
Eu com esse sorriso armado na cara,louca pra botar o fumo nos beiços.
Tô na sala esperando que venha atras de mim, grunhindo
Mas o que ouço é tua voz fina
Essa tua mania de botar 20 minutinhos
E dormir mais de uma hora
De longe vejo entrando no quarto
A água já quente na leiteira
Esperando pra conversar
Mas essa tua mania dos 20
Me broxa.
Pode ser pena, pode ser a minha mania de dar certo.
Engrossa essa voz e pergunta das minhas ancas,
Cresce essa mão na minha cara
Engrossa essa voz!
Que não aguento mais esse malditos 20 minutos.
Fodinha
Foi rápido
Descobri teu telefone
Tu se diverte na cozinha
E eu olhando pra essa tela, pra fugir do cotidiano
Se eu contar tudo agora
Não acabarei com a minha vida?
Mas eu te amo e vou sempre te resgatar
Não quero participar desse joguinho
Não vê que eu não tô afim
Tô com esse nó na garganta, doendo desde a fumaça
Se dura até agora
Com certeza estou de saco cheio
Mas eu te amo e vou sempre te resgatar
Te trazer pro meu sonho de sucesso.
Descobri teu telefone
Tu se diverte na cozinha
E eu olhando pra essa tela, pra fugir do cotidiano
Se eu contar tudo agora
Não acabarei com a minha vida?
Mas eu te amo e vou sempre te resgatar
Não quero participar desse joguinho
Não vê que eu não tô afim
Tô com esse nó na garganta, doendo desde a fumaça
Se dura até agora
Com certeza estou de saco cheio
Mas eu te amo e vou sempre te resgatar
Te trazer pro meu sonho de sucesso.


