Sofia
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Lembrei que já tinha sido tratada exatamente daquela forma. Pois acho que conheci o homem mais grosso da face da terra imediatamente antes disso. Só de lembrar daquilo tudo, alguma coisa lá dentro do meu estômago implode e me deixa mínima, sendo esmagada por um homem das cavernas, um selvagem. Um homem enorme, com aquela barba preta na cara, que se orgulhava do seu pau enorme sem se importar se eu acreditava nisso ou não.
Bom, eu imaginei que tivesse mesmo. Bem que poderia ter, rs.
E o problema é que ele não se interessou por mim, ou eu não fui masoquistamente correta.
Acho que sou dominadora por não encontrar mais verdadeiros machos, daqueles que por nos deixarem tão satisfeitas, são recompensados com nosso sexo e nossa habilidade de catar insetos das suas cabeças, do meio daquela consciência perdida numa cabeleira.
Bom, eu imaginei que tivesse mesmo. Bem que poderia ter, rs.
E o problema é que ele não se interessou por mim, ou eu não fui masoquistamente correta.
Acho que sou dominadora por não encontrar mais verdadeiros machos, daqueles que por nos deixarem tão satisfeitas, são recompensados com nosso sexo e nossa habilidade de catar insetos das suas cabeças, do meio daquela consciência perdida numa cabeleira.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Khajuraho, Índia
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Eterno
Quero um jovem inteiro
De uma ignorância desconcertante
Mal sabe que ao provar da minha vagina
Vou expelir um gosto doce
E tão fascinado
Não deixará uma só gota de lágrima escorrer pelos cantos da boca
Dele, eu quero o arcaico e não o discurso
O feio, animal, estrangeiro
Quero que na minha face veja a existência após a morte
O que o fará cortar o pênis
Atirá-lo aos porcos
E não pecar em meu nome, primeiro.
De uma ignorância desconcertante
Mal sabe que ao provar da minha vagina
Vou expelir um gosto doce
E tão fascinado
Não deixará uma só gota de lágrima escorrer pelos cantos da boca
Dele, eu quero o arcaico e não o discurso
O feio, animal, estrangeiro
Quero que na minha face veja a existência após a morte
O que o fará cortar o pênis
Atirá-lo aos porcos
E não pecar em meu nome, primeiro.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Falos de Pompéia
Eu queria mesmo era ser evangélica
Feliz da presença do senhor
Tirando a calcinha no banheiro da rodoviária
Depois de expor minha genitália
Segurando o mijo escrever com meu batom vermelho
Jesus me ama e a ti também
Aliviada, depois dos espasmos
E com jesus dentro de mim
Contemplar as tantas pornografias daquela porta imunda
Tanto número de travesti
Tantos falos de Pompéia
Tanta xoxota molhadinha, inchada
Tanto recado safado, ordinário
Coitados, tanta gente sem jesus
Feliz da presença do senhor
Tirando a calcinha no banheiro da rodoviária
Depois de expor minha genitália
Segurando o mijo escrever com meu batom vermelho
Jesus me ama e a ti também
Aliviada, depois dos espasmos
E com jesus dentro de mim
Contemplar as tantas pornografias daquela porta imunda
Tanto número de travesti
Tantos falos de Pompéia
Tanta xoxota molhadinha, inchada
Tanto recado safado, ordinário
Coitados, tanta gente sem jesus
Cruza
Não sou filha de roqueiros
Nem atores
Nem de mãe solteira
Nunca tive parentes esquizofrênicos
Muito menos cineastas
Nem filósofos, nem críticos
Nem bêbados
Sou filha da porra de um pai de família antes de sê-lo
Nas trompas de falópio de uma secretária que sempre deu duro
Em casa tinha arroz, feijão e guisado
Vara de marmelo no vão da parede
E mesmo assim saí desajustada
Uma coitada perdida que pensa na morte da classe média
Um mulher que sonha com o estrelato
Nos motéis do centro da cidade
Que ainda não encontrou nem a linguagem nem a droga certas.
Nem atores
Nem de mãe solteira
Nunca tive parentes esquizofrênicos
Muito menos cineastas
Nem filósofos, nem críticos
Nem bêbados
Sou filha da porra de um pai de família antes de sê-lo
Nas trompas de falópio de uma secretária que sempre deu duro
Em casa tinha arroz, feijão e guisado
Vara de marmelo no vão da parede
E mesmo assim saí desajustada
Uma coitada perdida que pensa na morte da classe média
Um mulher que sonha com o estrelato
Nos motéis do centro da cidade
Que ainda não encontrou nem a linguagem nem a droga certas.
Essa porra toda
Que mentira! Claro que é mentira!
Claro que você se importa se ela fuma crack
Claro que você quer saber
quanto pó desceu por aquela fuça
Tão claro quanto teu esforço em nascer de novo, incompreendida.
Quer saber dela sim... e arregala os olhos de desejo e inveja
Querendo estar na pele dela
Chegou a esconder aquele jornal com a drogada
E assustou um namorado dizendo querer ser como ela!
Você é dessa meta-geração, a linguagem é assim mesmo, relaxa.
Claro que você se importa com as orgias dela
Queria isso pra tua vida!
Tudo bem, ok, sem os ignorantes da massa comentando sobre seu cabelo. Eles não.
Mas os amigos das linhas estendidas nas picapes têm que saber!
Claro que você se importa se ela fuma crack
Claro que você quer saber
quanto pó desceu por aquela fuça
Tão claro quanto teu esforço em nascer de novo, incompreendida.
Quer saber dela sim... e arregala os olhos de desejo e inveja
Querendo estar na pele dela
Chegou a esconder aquele jornal com a drogada
E assustou um namorado dizendo querer ser como ela!
Você é dessa meta-geração, a linguagem é assim mesmo, relaxa.
Claro que você se importa com as orgias dela
Queria isso pra tua vida!
Tudo bem, ok, sem os ignorantes da massa comentando sobre seu cabelo. Eles não.
Mas os amigos das linhas estendidas nas picapes têm que saber!


